domingo, 29 de março de 2009

A Fantástica Historia dos Mangas

Um dos mercados mais lucrativos do momento são os mangas,estórias em quadrinhos japonesas que encantam milhões de pessoas no mundo e vem a cada dia crescendo mais e mais. Com um publico segmentado, essa indústria mundial faturou no ano de 2006 cerca de 4 Bilhões de dólares vendendo mais de 700 Milhões de exemplares. A palavra Manga quer dizer “Imagens Involuntárias”, o que da uma boa definição no gênero pois da a idéia do formato de quadros de muita movimentação que lembra os filmes do cinema americano. Datado do Século XII onde surgiram os “Pais” dos quadrinhos japoneses atuais, os Emakimono ou “Pergaminhos Pintados”, contavam estórias ao desenrolar desses pergaminhos juntando pinturas e textos de filósofos da época. Sete séculos depois Katsushika Hokusai, um dos maiores pintores japoneses, batizou uma de suas obras como “Hokusai Manga” que quer dizer “caricaturalização da realidade”, e foi daí que surgiu o nome atual.
Com esse trabalho conceituado de Hokusai e essa forma praticamente nova de contar estórias de quadro a quadro, os jornais e revistas japoneses abriram o mercando apostando no formato com criações que iam da sátira política aos costumes da vida cotidiana dos japoneses. Após a Segunda Guerra Mundial o Japão sofreu com a ocupação dos americanos em seu país, mas se não fosse por isso as criações de mangas que conhecemos hoje em dia não existiria pois os Mangakas, criadores de mangas, tiveram uma grande influencia dos quadrinhos ocidentais e uma dessas influencias se tornou mais forte na junção das duas nações de criadores de quadrinhos.O mundo mágico de Walt Disney mostrou aos mangakas a formula que traz a tona uma filosofia dos orientais em que “os olhos são as janelas da alma” e essa idéia se tornou uma das características principais dos mangas: Os Olhos grandes !


Ozamo Tezuka, um dos maiores Mangakas do mundo, aplicou essa mistura dos desenhos Disney com os mangas e deu nova vida as histórias em quadrinhos japoneses criando Astro Boy (Tetsuwan Atom) um sucesso que até hoje vende milhares de exemplares ao redor do globo, tem produções de Animes (Desenhos Animados Japoneses) e no dia 23 de outubro de 2009 sera lançado um filme todo feito em 3D nos cinemas americanos (mais informações http://www.omelete.com.br/cine/100018781/Assista_ao_novo_trailer_de_Astro_Boy.aspx ). Com essa reformulação do cenario dos mangas aumentaram os quadros, montaram capitulos e passaram a trabalhar com um publico segmentado,as crianças e jovens, mas isso não parou por ai. Com o passar dos anos os mangakas foram aperfeiçoando suas tecnicas e começaram a pensar em outros publicos ultilizando generos diferentes como Drama, Suspense, Terror, etc trazendo pessoas de idades diferentes.
As características dos mangas atuais são as seguintes: Lê-se da direita para a esquerda, o inverso do ocidente, as paginas são preto e branco com algumas exceções entre as primeiras paginas dos capítulos inicias e no meio da revista. O interessante dos mangas são seus traços que em determinados estilos podem deixar os personagens com músculos bem torneados ou corpos esqueléticos, mas que segue em sua grande maioria um padrão de estética dos desenhos com os olhos enormes, bocas e narizes pequenos, cabelos e roupas espalhafatosas.


Os mangas são publicados no Japão em grandes revistas com 300 ou mais paginas, são as famosas revistas antológicas, nessas revistas existem vários autores diferentes que inserem suas séries em variações de dez a quarenta paginas por estória e tem periodicidade diversas que podem ser desde semestrais a trimestrais. Uma das mais famosas revistas de mangas no Japão é a Weekly Shonem Jump que tem 400 paginas e trabalha apenas com quadrinhos para meninos, os Shonem, que apresentam cenas de lutas e personagens guerreiros assim como Dragon Ball, Yu Yu Hakusho, Naruto etc. Se o manga é bem visto pelo publico, os produtores realizam algumas pesquisas para ver se o mercado esta pronto para um lançamento solo do quadrinho e se a repostas dessas pesquisas forem positivas eles serão colocados nas prateleiras das bancas com um novo formato, o Tokohom (Livreto) que são produzidos com um melhor papel e capas especiais para a série.

Nas estórias em quadrinhos japonesas existem vários gêneros:

Shoujo: são voltados para um público feminino jovem.
Shoujo-ai: romance entre personagens femininos.
Mahou shoujo: caracterizados por garotas com poderes mágicos.
Shounen: são voltados para um público masculino jovem.
Shounen-ai: romance entre personagens masculinos.
Mahou Shounen:garotos com poderes magicos, este gênero foi criado depois de magical girl.
Seinen: animes voltados para homens adultos.
Josei: animes voltados para mulheres adultas.
Kodomo: japonês para "criança", são voltados para crianças menores.
Mecha: animes caracterizados por robôs gigantes.
Ecchi: japonês para "indecente". O nome origina-se da leitura da letra H em inglês. Contém humor sexual bem moderado.
Hentai: japonês para "tarado" ou "pervertido", usado para descrever animes pornográficos. No entanto, no Japão os termos usados são Poruno ou Ero.
Kemono (animais)
Futanari (hermafroditas)
Lolikon (crianças - adolescentes femininos)
Shotakon (crianças - adolescentes masculinos)
Yaoi (homossexualidade masculina)
Yuri (homossexualidade feminina)
Ero (adultos): no oriente Ero é conhecido como Hentai, assim Hentai é conhecido Ero.

Outros gêneros paralelos aos ocidentais são: aventura, ação, ficção científica, comédia, desporto, drama, fantasia e romance. Há ainda temas que se repetem várias vezes: colegiais, demônios, artes marciais, magia, terror

No Brasil

Embora a primeira associação relacionada a mangá, a Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações, tenha sido criada em 3 de fevereiro de 1984, o "boom" dos mangás no Brasil aconteceu por volta de dezembro de 2000, com o lançamento dos títulos Samurai X, Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco pelas editoras JBC e a Conrad (antiga Editora Sampa).
Esses, porém, não foram os primeiros a chegar ao território brasileiro. Alguns clássicos foram publicados nos anos 80 e começo dos anos 90 sem tanto destaque, como Lobo Solitário pela Editora Cedibra, Akira pela Editora Globo, Crying Freeman, pela Editora Sampa, A Lenda de Kamui e Mai - Garota Sensitiva pela Editora Abril, Cobra, Baoh e Escola de Ninjas pela Dealer. Porém, a publicação de vários títulos foi interrompida e o público brasileiro ficou sem os mangás traduzidos por vários anos. Existiram ainda edições piratas de alguns mangás são comprados por estrangeiros e colocados na internet. Apos isso, fãns que tem conhecimento na lingua japonesa traduzem os scans enquanto outros trabnalham no Photoshop para inserir a tradução no no manga.
O mais famoso foi Japinhas Safadinhas lançado em nove edições pela "Bigbun" (selo erótico da Editora Sampa). O mangá era uma versão sem licenciamento de Angel de U-jin.
A popularidade do estilo japonês de desenhar é marcante, também pela grande quantidade de japoneses e descendentes residentes no país. Já na década de 1960, alguns autores descendentes de japoneses, como Júlio Shimamoto e Claudio Seto, começaram a utilizar influências gráficas, narrativas ou temáticas de mangá em seus trabalhos. O termo mangá não era utilizado, mas a influência em algumas histórias tornou-se óbvia. Alguns trabalhos também foram feitos nos anos 80, como o Robô Gigante de Watson Portela e o Drácula de Ataíde Braz e Neide Harue.
O movimento voltou a produzir frutos nos anos 90. Com a inconstância do mercado editorial brasileiro, existe pelo menos uma revista nacional no estilo mangá que conseguiu relativo sucesso: Holy Avenger. Além deste há também outras publicações bastante conhecidas pelos fãs de mangá, como Ethora, Combo Rangers, Oiran e Sete Dias em Alesh do Studio Seasons, e a antiga revista de fanzines Tsunami. Atualmente os quadrinhos feitos no estilo mangá, tirando algumas exceções, como as citadas acima, se baseia em fanzines.
Apesar da aceitação do estilo de história em quadrinho japonês, a maioria das edições vêem ao Brasil com determinadas alterações quanto ao número de páginas por edição. Muitas vezes, dividem pela metade cada edição, elevando demasiadamente o custo pela coleção. O mundo dos mangas é um mundo que sempre Trilha o Fantástico e se voce ainda não conheceu não perca tempo pois vale a pena entrar de cara nessa cultura diferente.

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